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Então estamos aqui. Quer dizer, eu estou. Você se foi há muito tempo, embora, no início eu tenha tentado ignorar isso. O mais engraçado é que não me sinto sozinha. E eu jurava que me sentiria tão solitária a ponto de inexistir, se você me deixasse. Mas, acho que na verdade nós dois nos deixamos, - você me deixou ficar e eu te deixei ir -, porque a gente sabia que pra continuar precisava parar. De se seguir e se enganar. Quando os caminhos são diferentes é impossível andar de mãos dadas.
Agora eu visito muito menos o seu perfil e raramente fantasio conversas que poderíamos ter. Fotos suas com outras garotas bonitas não me causam mais ciúme e eu quase poderia fingir que você não existe se eu não gostasse tanto de você existir. Não fico mais encanada; com nada. Você virou uma brisa sutil no meu rosto e no meu coração. Algo que passa por mim, mas não me atravessa mais, não me machuca. Apenas me toca exatamente como deve tocar. Uma lembrança boa e fina, como os sentimentos bonitos são.
Então, EU estou aqui. E fiz aniversário há pouco tempo, e sinto que deixei um pouco de mim no tempo e que o tempo deixou um pouco dele em mim. Ele levou a maioria das minhas teorias e deixou algumas experiências, levou minhas espinhas e me trouxe dores novas. O tempo me levou companhias, e amores, grandes e pequenos, o primeiro e também o último. O tempo só não ME levou de mim. Eu permaneço aqui, - e sempre vou permanecer -, não igual, mas a mesma. Talvez eu seja meu próprio diamante, eterna dentro de mim. Meu lar ou minha prisão, aquilo que eu decidir.
Eu conheci uma banda nova ontem. E a cada música que ouço é como se eu desse um passo invisível pra frente. Porque amanhã eu vou experimentar uma comida diferente, vou programar uma viagem pra Milão, e falar com gente que eu nem sei que existe ainda. Eu vou cortar o cabelo mais curto do que já cortei minha vida inteira e vou pintar as unhas de preto. Vou saltar de paraquedas em algum lugar do mundo e saltar sem paraquedas em mim mesma - no mudo - pra ouvir mais o silêncio. Cada pedacinho novo me renova; e me mostra que a única coisa que nós temos é o agora, mas também, que tem muita coisa por vir.
Mas, você não virá. Não virá mais ao meu encontro no café da manhã, ou na saída do trabalho, nem no dia dos namorados. Mas eu sim, eu virei à mim sempre que precisar, e vou ler minha história para me lembrar de tudo que me trouxe até aqui e o porquê de ter escolhido o que escolhi. Eu vou me acalentar e me amar; como duas pessoas dentro de uma, como mil. Todas dentro de mim. Vou seguir em frente (o único sentido certo da vida) como tenho seguido desde o dia em que nasci - respirando.
Agora eu visito muito menos o seu perfil e raramente fantasio conversas que poderíamos ter. Fotos suas com outras garotas bonitas não me causam mais ciúme e eu quase poderia fingir que você não existe se eu não gostasse tanto de você existir. Não fico mais encanada; com nada. Você virou uma brisa sutil no meu rosto e no meu coração. Algo que passa por mim, mas não me atravessa mais, não me machuca. Apenas me toca exatamente como deve tocar. Uma lembrança boa e fina, como os sentimentos bonitos são.
Então, EU estou aqui. E fiz aniversário há pouco tempo, e sinto que deixei um pouco de mim no tempo e que o tempo deixou um pouco dele em mim. Ele levou a maioria das minhas teorias e deixou algumas experiências, levou minhas espinhas e me trouxe dores novas. O tempo me levou companhias, e amores, grandes e pequenos, o primeiro e também o último. O tempo só não ME levou de mim. Eu permaneço aqui, - e sempre vou permanecer -, não igual, mas a mesma. Talvez eu seja meu próprio diamante, eterna dentro de mim. Meu lar ou minha prisão, aquilo que eu decidir.
Eu conheci uma banda nova ontem. E a cada música que ouço é como se eu desse um passo invisível pra frente. Porque amanhã eu vou experimentar uma comida diferente, vou programar uma viagem pra Milão, e falar com gente que eu nem sei que existe ainda. Eu vou cortar o cabelo mais curto do que já cortei minha vida inteira e vou pintar as unhas de preto. Vou saltar de paraquedas em algum lugar do mundo e saltar sem paraquedas em mim mesma - no mudo - pra ouvir mais o silêncio. Cada pedacinho novo me renova; e me mostra que a única coisa que nós temos é o agora, mas também, que tem muita coisa por vir.
Mas, você não virá. Não virá mais ao meu encontro no café da manhã, ou na saída do trabalho, nem no dia dos namorados. Mas eu sim, eu virei à mim sempre que precisar, e vou ler minha história para me lembrar de tudo que me trouxe até aqui e o porquê de ter escolhido o que escolhi. Eu vou me acalentar e me amar; como duas pessoas dentro de uma, como mil. Todas dentro de mim. Vou seguir em frente (o único sentido certo da vida) como tenho seguido desde o dia em que nasci - respirando.
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