Sobre escrever e sentir

Acho que escrevo melhor sobre as coisas que eu sinto do que sobre as que penso. Pode parecer loucura, pois escrever parece ser um ato racional demais, você aprende o alfabeto, junta umas letras, forma umas palavras, frases e assim caminha a língua portuguesa e as milhares de outras.

Não pra mim. Minhas palavras são feitas de sentimentos e minhas frases da junção destes. Escrever é minha hora de pirar, uma hora em que eu existo tão intensamente que a escrita é uma extensão de mim. Isso mesmo, não me caibo, e escorro em forma de palavras. Como as lágrimas, ou o riso... e tudo aquilo que nos é excessivo.

Talvez seja porque sentir é urgência, fogo, fluxo. É aquilo que me sai das veias e vai para as mãos, pro papel, pro teclado. Pensar é mais racional, mais frio, mais crítico. Sentir é a falta de julgamento, a liberdade, a aceitação pura e simples de que somos imperfeitos. Sentindo, temos o direito de ser apenas aquilo que somos: humanos.

{Imagem:Reprodução}

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