Coração de sol

Andava por aí como quem não queria nada. E não queria mesmo; nada que não fosse realmente importante, que não fizesse seu sorriso ampliar e o coração derreter; nada que não fosse verdadeiro o suficiente para resistir ao tempo ou que não fizesse sua vida valer a pena.

Ele era o cara em quem você confia para tomar um litro de tequila e chegar bem em casa, - Tá, talvez você não chegue exatamente bem em casa depois de um litro de tequila, mas, ele ia te proteger dos malandrinhos aproveitadores da baladas e te dar uma carona até em casa, ou seja, fora da sua garagem você não ia dormir.) Ninguém iria te tocar, ele te protegeria. Ele era aquele cara que te faria rir quando você estivesse mal porque ele mesmo iria sorrir SEMPRE, não importa o que estivesse acontecendo, como se viver fosse a coisa mais divertida do mundo, como se nada fosse problema.

Se ele quisesse algo, ele iria fazer, mesmo que pagasse o preço depois, ele seria fiel ao seu impulso, aos seus sentimentos. Aprendeu que tudo era conquistado e por isso dava muito valor. De presente mesmo, só a sua existência para quem tinha a alegria de participar do seu show.

Tinha aprendido a expulsar as dores colecionando amigos. E solidão agora era uma escolha e não uma condição. Tudo que precisava cabia em um abraço; e abraçava, como se todos os problemas do mundo pudessem ser dissolvidos naquele abraço. Os do outro e os dele.

Era um garoto de sorriso frouxo, um homem de coração aberto. O tipo de gente que leva o sol dentro do peito, iluminando e aquecendo tudo e todos ao seu redor. O tipo de gente que brilha; e não é porque anda com um vaga-lume na barriga ou uma melancia pendurada no pescoço, é porque traz nos olhos uma luz chamada alegria.

{Imagem:Reprodução}







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